sábado, 5 de maio de 2018

O que realmente aconteceu na torre de Babel?

Gênesis 11.1-4 não ensina que a humanidade tentou construir, estupidamente, uma torre que pudesse atingir o espaço sideral! Em especial, observa-se as palavras toque nos céus, no versículo quatro. Essas palavras estão em itálico na KJV, para demonstrar que elas foram incluídas pelo tradutor e que não estão no original em hebraico. Na verdade, a expressão quer dizer "cujo cume é o céu".
A evidência arqueológica sugere que a torre de Babel, na realidade, era um prédio dedicado à astrologia ou à adoração pagã aos céus. Entre ruínas da antiga Babilônia, há uma construção de 46m, com uma base de 121m. Ela foi construída de tijolos secos em sete andares, para corresponder aos planetas aos quais foram dedicados. Os inferiores eram pretos, a cor de Saturno, o seguinte era laranja, para Júpiter, e o terceiro, vermelho, para Marte, e assim por diante. Esses andares estavam cobertos por uma torre elevada, em cujo cume os signos do zodíaco estavam. Dr.Donald Barnhouse afirma esta interpretação:
Foi uma notória e desafiadora volta para Satanás e o início da adoração demoníaca. É por isso que a Bíblia sempre pronuncia uma maldição sobre quem consulta o sol, alua e as estrelas do céu. (Genesis: A Devotional Exposition.p.71)
Anos antes da construção da torre de Babel, Caim, o primeiro assassino do mundo, ouviu Deus dizer: Fugitivo e errante serás na terra (Gn 4.12). No entanto, os filhos  espirituais de Caim estariam rebelando-se contra o mesmo Deus, mas eles ansiavam por estar juntos, para que não tivessem o mesmo destino que Caim (Gn 11.4).
O teólogo alemão Erich Sauer relaciona a multiplicidade de línguas a um espelho quebrado:
O idioma original a partir do qual Adão nomeou todos os animais no paraíso era como um grande espelho no qual toda a natureza estava precisamente refletida. Porém, Deus havia despedaçado esse espelho, e cada pessoa ficou com apenas um fragmento dele; uma ficou com um pedaço maior; a a outra, com um menor; e agora cada pessoa vê apenas uma parte de um todo, mas nunca o todo completamente. (Dawn of World Redemption.p.82)
Assim, os diversos fones de ouvidos e as cabines de tradução nas Nações Unidas, em Nova Iorque, dão, hoje em dia, um eloquente testemunho do trágico episódio de Babel. Por isso, se chamou o seu nome Babel (Gn 11.9). O próprio Ninrode pode ter dado esse nome. Babel significa, literalmente, "portão de Deus". Portanto, embora a humanidade houvesse rejeitado o verdadeiro Deus, ela tentou amenizar sua consciência pesada reconhecendo um "grande arquiteto do universo" vago e impessoal. Mas isso não deu certo! Deus mudou o sentido da palavra Babel para significar "confusão".

Quando, onde e como começaram as distintas características raciais da humanidade moderna?

O Dr.Henry Morris explica como pequenas populações geram diferentes características genéticas de forma relativamente rápida:
À medida que cada família e unidade tribal migravam de Babel, elas não apenas desenvolviam uma cultura distinta, mas também características físicas e biológicas diferentes. Uma vez que elas conseguiam comunicar-se somente com membros de sua unidade familiar, não era possível casar-se com pessoas de outra família. Portanto, foi necessário estabelecer novas famílias compostas por parentes  muitos próximos, por pelo menos muitas gerações. Está bem definido geneticamente que ocorrem variações muito rápidas em uma pequena população endogâmica. [...] Em uma pequena população, contudo, os [...] genes que podem estar presentes em seus membros [...] têm a oportunidade de tornarem-se visivelmente expressos e até dominante sob essas circunstâncias. Assim, em pouquíssimas gerações de endogamia, características distintivas como pele, altura, textura capilar, e características faciais, temperamento, adaptação ambiental, entre outras, poderão associar-se a tribos e nações específicas. (The Genesis Record.p.276)
Até a próxima!
Fica na paz!

sábado, 17 de março de 2018

O que o Escritor de Eclesiastes quer dizer quando chama a vida de vaidade?

Eclesiastes foi escrito como um sermão pós-moderno. Ele começa com uma declaração chocante: É tudo vaidade (Ec 1.2), ou "fútil". O autor estava frustado com a injustiça e a incapacidade humana de endireitar o que está torto (Ec 1.15). Ele também estava frustado com a natureza transitória da vida e com o fato de a sabedoria ser incapaz de oferecer qualquer senso de garantia do que o amanhã pode trazer.
Embora o sábio de Eclesiastes seja tradicionalmente identificado como o rei Salomão, não há referências explícitas ao seu nome no livro. Isso, entretanto, não exclui tal possibilidade. Alusões à sabedoria de Salomão e ao seu estilo são evidentes no capítulo 2, e o escritor apresenta-se como filho de Davi, rei em Jerusalém (Ec 1.1). Além disso, extensas referências à vida sob um governo monárquico implicam um público-alvo inserido no contexto do reino unificado (décimo século a.C.) na história de Israel.
Contudo, o autor identifica-se apenas como Qohelet, um termo hebraico que significa "aquele que reúne ou ajunta". A maioria das versões bíblicas traduz Qohelet como "professor" ou "pregador", com base no entendimento de que o sábio Qohelet dirige-se a um grupo de pessoas. O texto deixa bem claro que as observações e a sabedoria nele contidas devem ser atribuídas ao Qohelet.
A palavra-chave em Eclesiastes é a palavra hebraica traduzida como "vaidade" ("hevel" (vapor); Ec 1.2; 7.15). Essa palavra expressa o cerne do juízo do Pregador em relação à vida neste mundo.
Em sua raiz, a palavra hebraica "hevel" significa "fôlego" ou "vapor". Ela é usada 78 vezes no Antigo Testamento, mas apenas três vezes com o sentido claramente físico (veja Sl 63.9; Pv 21.6; Is 57.13). Nas outras 75 ocorrências, a palavra é usada metaforicamente, para descrever o que é incompreensível, fútil, vão, falso ou irrelevante. O termo é geralmente usado para descrever a insubstancialidade, a irrealidade e a inutilidade dos falsos deuses (Dt 32.21; 2Rs 17.15; Is 30.7). Nesse sentido, "hevel" é o oposto de "glória", a presença substancial, influente e duradoura de Deus (Êx 24.15-17). Às vezes, ela representa o estilo de vida passageiro e momentâneo, como um vapor (Jó 7.16; Sl 144.4). Em outros casos, refere-se à falta de sentido e à frustração da vida (Sl 78.33; 94.11; Is 49.4).
Há muito, crê-se que a palavra "hevel" de Eclesiastes tenha o sentido de "vaidade", não no sentido de "valorização exagerada dos próprios atributos", mas no sentido de viver de modo fútil e sem propósito ou sentido.
Portanto, é com o fardo do excesso que o ser humano não consegue lidar. Tudo o que a vida oferece perde qualquer significado e propósito se Deus não estivar presente. 
O Qohelet (pregador), meramente com a aplicação da sabedoria, não encontra solução para o dilema da condição humana. Por isso, Deus pôs no coração do homem o anseio pela eternidade (Ec 3.11 NVI); assim, nós nunca ficaremos satisfeitos com coisas menores do que aquelas que são eternas. Nesse sentido, a sabedoria em si foi insuficiente para resolver os problemas da maldição observados pelo Qohelet; somente a revelação de Deus em Cristo seria capaz de proporcionar a reconciliação da qual o mundo necessitava tão desesperadamente.
Apesar de a solução para o dilema do hevel ter de aguardar a revelação futura em Cristo, o livro de Eclesiastes serve como literatura sapiencial ao oferecer para o homem um paradigma de como aproveitar ao máximo a vida durante sua permanência na terra. Primeiro, sabendo-se que a vida é passageira, a morte é inevitável e as circunstâncias do futuro estão fora do controle do homem, o sábio deve desfrutar da vida como um dom de Deus. Segundo, à luz do fato de que os caminhos enigmáticos de Deus na terra, certamente, serão seguidos por um justo juízo futuro, o sábio deve temer o Senhor e guardar Seus Mandamentos (Ec 12.13).
Pergunta para meditação:
Há algum propósito real na vida sem Deus?

Estudando Eclesiastes 2.1-11

Salomão conduziu sua busca pelo sentido da vida como se faz em um experimento. Primeiro, ele tentou perseguir o prazer. Em seguida, assumiu grandes projetos, comprou escravos, gado e ovelhas, acumulou riquezas, adquiriu cantores, acrescentou concubinas ao seu harém e tornou-se a pessoas mais importante de Jerusalém. Mas nada disso deu-lhe satisfação. "E olhei eu para todas as obras que fizeram as minhas mãos, como também para o trabalho que eu, trabalhando, tinha feito; e eis que tudo era vaidade e aflição de espírito e que proveito nenhum havia debaixo do sol".
Alguns dos prazeres que Salomão buscou eram errados, e outros eram dignos. Mas mesmo as buscas dignas eram vazias quando ele perseguia-as como um fim em si mesmos.
Devemos olhar além de nossas atividades e compreender nossas verdadeiras motivações. Seu objetivo de vida é buscar um sentido ou buscar Deus, que confere o sentido?
Salomão resumiu suas muitas tentativas de encontrar o sentido da vida como "vaidade", como perseguir o vento. Sentimos o vento quando ele passa, mas não conseguimos segurá-lo. Em todas as nossas conquistas, até nas maiores, nossos sentimentos bons são passageiros. Segurança e autovalorização são encontradas no amor de Deus, e não nessas conquistas. Pense em onde você coloca seu tempo, energia e dinheiro. Um dia, você irá olhar para trás e perceber que também estava apenas [agindo por vaidade], "perseguindo o vento"?
Com base em Eclesiastes 5.10-20, nós queremos mais do que temos. Salomão descobriu que isso é vaidade. Ele observou que aqueles que passam a vida obsessivamente buscando dinheiro nunca encontrarão a felicidade que ele promete. A riqueza atrai aproveitadores e ladrões, causa falta de sono e medo e termina em perda, pois deve ser deixada para trás (Mc 10.23-25; Lc 12.16-21).
Não importa o quanto você ganha, se você tentar criar felicidade acumulando riquezas, nunca terá o suficiente. O dinheiro em si não é errado, mas o amor a ele leva a toda sorte de pecado (1Tm 6.10).
Deus quer que vejamos o que temos com a perspectiva certa - nossas posses são um dom de Deus. Elas não são nossa fonte de alegria, mas um motivo para adorar o Senhor. Todas as coisas boas vêm dele (Tg 1.17). Os dons de Deus devem atrair nossa atenção de volta para Ele.
Não importa qual é a sua situação financeira; não dependa do dinheiro para ser feliz. Ficar satisfeito com o que temos é possível quando percebemos que em Deus já temos tudo de que precisamos para começar. Amém!

Até a próxima!
Fica na paz!


sábado, 17 de fevereiro de 2018

Qual é o significado da palavra encarnação?

Qual o significado da palavra encarnação?
Aqui, podemos ser auxiliados pelas definições de diversos teólogos:
A palavra encarnação significa em carne e denota o ato pelo qual o eterno Filho de Deus tomou para si mesmo uma natureza adicional, a humanidade, por meio do nascimento virginal. (Leia sobre o nascimento virginal AQUI) O resultado disso é que Cristo será para sempre a divindade imaculada, tendo-o sido desde a eternidade passada; entretanto Ele [também] possui eternamente uma humanidade verdadeira e impecável em uma só Pessoa (Jo 1.14; Fp 2.7,8; 1Tm 3.16).
O nascimento virginal foi o meio pelo qual a encarnação aconteceu, garantindo assim a impecabilidade do Filho de Deus. (ENNS, Paul. Moody Handbook of Theology.p.222).
No contexto da teologia cristã, o ato pelo qual o eterno Filho de Deus, a Segunda Pessoa da Santíssima Trindade, sem jamais cessar de ser o que Ele é, o Deus Filho, tomou em união consigo mesmo o que antes deste ato Ele não possuía, [a saber] uma natureza humana, "e portanto [Ele] era e continua sendo Deus e homem em duas naturezas distintas, em uma só Pessoa, para sempre". (Westminster Shorter Catechism.Q.21). O respaldo bíblico para esta doutrina é amplo, por exemplo, Jo 1.14; Rm 1.3; 8.3; Gl 4.4; Fp 2.7,8; 1Tm 3.16; 1Jo 4.2; 2Jo 1.7 (Evangelical Dictionary of Theology. Grand Rapids. MI: Baker, 1984.p.555; também Ef 2.15; Cl 1.21,22; 1Pe 3.18; 4.1).
Isso refere-se ao eterno Filho de Deus sendo encarnado como Jesus de Nazaré. Refere-se ao momento em que, no instante mais sublime da história humana, Deus Filho tornou-se homem por intermédio da virgem Maria e viveu aproximadamente 33 anos na Palestina (Veja mais aqui: COMO ERA A PESSOA DE JESUS CRISTO). Foi então que Deus (mais precisamente, por meio do Filho) armou Sua tenda entre nós (Jo 1.14); quando Cristo não considerou a igualdade com Deus como algo a ser retido, mas humilhou-se a si mesmo, tomando a forma de um servo, e tornando-se obediente até a morte em uma infame  cruz romana (Fp 2.5-8).
Naquilo que C.H.Dodd chamou de tempos ainda por vir do Antigo Testamento, Deus falou-nos de diversas maneiras por meio de profetas, sacerdotes e reis; e, nestes últimos dias, na última era salvífica, Deus falou-nos por intermédio do Seu Filho unigênito e eternamente gerado (Jo 1.18; Hb 1.1).
A encarnação significa que Deus não estava satisfeito em simplesmente ter bons pensamentos sobre nós, ou em ajudar-nos enquanto se mantinha a uma distância segura de nós. Isso significa que Deus nos visitou para nossa salvação - Aleluia - "em nossa situação miserável", como expressou o antigo Atanásio. (Beacon Dictionary fo Theology. Kansas City: Beacon Hill, 1983.p.279).
A encarnação, portanto, envolve esse extraordinário ato divino pelo qual o Filho de Deus onipresente, onipotente e onisciente concordou em envolver de carne e osso Seu ser eterno e invisível e tomar sobre si mesmo uma natureza humana; tornando-se assim uma ponte de carne entre o Deus Soberano e o homem pecador. Em suma, a encarnação tornou-se a porta por meio da qual a divindade entraria na casa da humanidade!
Eugene Peterson habilmente traduz João 1.14 da seguinte forma: A Palavra tornou-se carne e sangue, e veio viver perto de nós (Bíblia A Mensagem).
Há mais de dois mil  em Belém, quando Deus se tornou homem, Sua nova natureza tornou-se permanente a partir daquele momento.Jesus jamais cessará de ser conhecido como o Deus-homem e será eternamente conhecido pelas cicatrizes que recebeu na cruz do Calvário! Isso se chama a perpetuidade da encarnação. Essa crença é corroborada por diversas passagens.
  1. Ele foi reconhecido por essas cicatrizes depois da Sua ressurreição (Jo 20.24-27).
  2. Ele é reconhecido por essas cicatrizes hoje no céu (Ap 5.6).
  3. E será reconhecido por essas cicatrizes na Sua segunda vinda (Zc 12.10; Ap 1.7).
Jesus Cristo tornou-se oficialmente o Filho de Deus na encarnação?
NÃO!
Os relacionamentos da Trindade sempre existiram, desde a eternidade passada.
Desde Gênesis 1, Deus é retratado como estando em um relacionamento. Encontramos uma indicação disso quando Deus diz façamos o homem à nossa imagem. Tratava-se do Deus Criador conversando com o Deus Filho com a intenção de criar Adão e Eva à imagem de Deus (plural). O que isso implica é que existe uma pluralidade na divindade a qual é refletida nas primeiras declarações das Escrituras inspiradas. Nós só pudemos compreender isso plenamente quando Jesus veio a terra e ensinou-nos a respeito do Seu Pai celestial que o havia enviado e, mais tarde, de outro Consolador a quem Ele havia de enviar, o Espírito Santo (Jo 14.16). Jamais houve um tempo em que o Pai existia sozinho sem o Filho ou o Espírito. O Filho é eternamente gerado, e o Espírito emana eternamente do Pai e do Filho. Em termos humanos, a [palavra] filiação denota duas ideias temporais: relacionamento e origem. Em relação à Trindade, [o conceito de] filiação implica um relacionamento eterno eternamente originado em Deus Pai.
Lewis Chafer concorda com essa análise:
É evidente que o relacionamento entre Pai e Filho expressa apenas as características de emanação e manifestação, sem incluir os conceitos habituais de derivação, inferioridade ou distinção no tocante ao princípio.
É provável que os termos Pai e Filho, tais como aplicados à primeira e à segunda Pessoa da divindade, tenham um caráter um tanto antropomórfico. O relacionamento sublime e eterno que sempre existiu entre essas duas Pessoas é melhor expressado ao entendimento humano em termos de Pai e Filho, mas sem qualquer implicação de que as duas Pessoas não sejam divinas em todas as particularidades do termo. (Systematic Theology. 1v.p.313-315).
Quando e onde o milagre da encarnação aconteceu?
A consideração positiva:
Ela ocorreu em Nazaré na ocasião do anúncio de Gabriel (Lc 1.35).
Em outras palavras, o milagre da encarnação foi a concepção sobrenatural do corpo de Jesus dentro do ventre de Maria sem o auxílio de um pai humano!
A consideração negativa:
Ela não ocorreu em Belém no momento do nascimento de Jesus. Pelo contrário, já que, se um médico estivesse presente durante o nascimento de Jesus (mas sem conhecer o histórico do evento), ele não teria encontrado nada incomum no parto em si.
O que significa o termo união hipostática?
A expressão união hipostática vem de um termo grego que significa "subsistência", referindo-se às naturezas divina e humana de Jesus. Basicamente, trata-se de uma verdade teológica que afirma que Jesus Cristo, desde a Sua encarnação, passou a ser, continua e para sempre será 100% Deus e 100% homem, 100% do tempo!

Amém!
Até a próxima
Fica na Paz!

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