A FESTA DOS TABERNÁCULOS/sucot
A festa dos Tabernáculos não é a principal celebração em Israel, mas é a mais popular. Instituída como lembrança da direção divina ao povo hebreu no deserto, a festividade é, ao mesmo tempo, um momento de ações de graças pela colheita obtida e de súplicas por chuvas e prosperidade em um novo ano agrícola.
Também chamada de Sucot/Sukkot/Sucá - De todos os feriados judaicos, Sucot é o único cuja data não parece comemorar um acontecimento histórico. A Torá refere-se a ele por dois nomes: Chag HaAsif (“o Festival da Colheita” ou “Festival da Colheita”) e Chag HaSukkot (“Festival das Barracas”), cada um expressando uma razão para o feriado.
Em Israel, as colheitas crescem no inverno e ficam prontas para a colheita no final da primavera. Algumas delas permanecem no campo para secar por alguns meses e só ficam prontas para a colheita no início do outono. Chag HaAsif é um momento para expressar apreço por esta recompensa.
O nome Chag HaSukkot comemora as habitações temporárias que Deus fez para abrigar os ancestrais dos israelitas em sua saída do Egito (alguns dizem que isso se refere às milagrosas nuvens de glória que os protegeram do sol do deserto, enquanto outros dizem que se refere às tendas em onde moraram durante sua jornada de 40 anos pelo deserto do Sinai).
Durante sete dias e sete noites, fazem todas as suas refeições na sucá e a consideram como sua casa. Localizada ao ar livre, a sucá é composta por pelo menos três paredes e um telhado de vegetação natural não processada – normalmente bambu, ramos de pinheiro ou ramos de palmeira.
Outra observância de Sucot é a ingestão dos Quatro Tipos : um etrog (cidra), um lulav (folha de palmeira), três hadassim (galhos de murta) e dois aravot (galhos de salgueiro).
Em cada dia do festival (exceto no Shabat ), pegam os Quatro Tipos, recitam uma bênção sobre eles, reúnem e agitam em todas as seis direções : direita, esquerda, para frente, para cima, para baixo e para trás. Os sábios do Midrash os dizem que as Quatro Espécies representam as várias personalidades que compõem a comunidade de Israel, cuja unidade intrínseca enfatizam em Sucot.
O pedido por chuvas cessava no período da Páscoa e voltava a ser feito durante a Festa dos Tabernáculos, no mês de setembro. Por esse tempo, em toda parte, mesmo nas ribanceiras da Judeia, o trigo já estava colhido, e os ceifeiros, servindo-se de jumentos e camelos, levavam-no até o pátio, para que esses animais passassem por cima dos grãos, debulhando-os. Depois desse processo, os grãos eram peneirados ao vento e ajuntados em montes. Em profundo e solene silêncio, os montes de cereais eram medidos e levados para os celeiros, onde eram conservados em vasos de barro.
As videiras eram podadas, exceto aquelas colocadas expressamente à sombra, cujos frutos cairiam de maduros. O suco das uvas trituradas com os pés escorria ao Sol, como sangue fresco, pelos regos próprios que seguiam em direção aos potes. Ao mesmo tempo, as diversas espécies de figos amadureciam; os amarelados e cinzentos, os brancos por dentro e os azulados por fora, e os vermelhos por dentro. Por semanas a fio, a família inteira, ou boa parte dela, não saía das vinhas cercadas de figueiras. Os frutos das oliveiras ainda estavam verdes, mas já haviam alcançado o tamanho máximo e começavam a encher-se do precioso óleo.
As plantas do verão, que se protegem contra os raios ardentes do Sol, com manto capilar ou com escudo de folhas brilhantes, rígidas e espinhosas - algumas espécies de hortelã e cardos com espinhos - já estavam inteiramente mortas. O solo, onde quer que os pés do homem ou as patas dos animais o calcavam, transformava-se num pó tão fino como trigo moído.
A poeira era tão leve que facilmente se levantava em nuvens e se concentrava nos ares, por cima dos caminhos. Agarrava-se à pele e a ressecava, penetrando na roupa e entrando por todas as casas.
Os leitos dos riachos que, no começo do ano e ainda no princípio do verão, serviam boa quantidade de água, estavam agora inteiramente secos entre os galhos sem folhas e espinheiros.
Nas cisternas, tocava-se o fundo quando se queria pegar um pouco de água. Os baldes saíam cheios de todo tipo de ciscos. Entretanto, as pessoas ficavam felizes, porque ainda podiam obter alguma água, por pouco que fosse, colocando-a em grandes vasilhas, a fim de refrescá-la e torná-la mais ou menos potável.
O deserto parecia ter devorado a terra. Somente os marcos limítrofes e os montes de pedregulhos mostravam onde havia algum terreno de plantio. Debaixo de um céu clareado por luz cintilante, a região estendia-se em vários matizes brancos e amarelados, como em paisagens que nunca enverdecem nem podem enverdecer.
Logo, porém, começavam as chuvas de outono; então, a terra começava a reviver: de todas as grutas, surgiam novos rebentos, e a terra então se transformava dia após dia. O fenômeno é idêntico ao que se nota em lugares frios, depois do rigor do inverno.
O sentimento de cada judeu equivalia à sensação geral de todo o povo durante os oito dias da Festa dos Tabernáculos. Aparecia diante do Senhor para lhe agradecer, cheio de alegria, os dons e os frutos do ano que se passara e também para suplicar-lhe que no próximo ano refrigerasse a terra, quase deserta com a falta das chuvas do céu, e a ressuscitasse pelas torrentes de água das nuvens.
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Filipenses 1:9-11