Para adorar um Deus santo, é necessário eliminar qualquer obstáculo que fique no caminho. A expiação exclui todo pecado ou impureza que inibe a adoração adequada. Nas ofertas expiatórias, o sacrifício representava a vida do adorador e era dado em seu lugar, para que ele pudesse viver. O sangue era o símbolo da vida dada pelo Senhor, e era reservado como porção de Deus de cada oferta animal. O sangue representa a vida; e o sangue da oferta, a vida do adorador. Deus havia designado o sangue da vítima, representando a vida da vítima, como o meio da expiação. A graça de Deus permitia que a morte de um animal fosse aceita em lugar da do pecador.
Levítico 16.1-34 descreve o Dia da Expiação. Nesse dia, os pecados do povo eram apresentados ao Senhor pelo sumo sacerdote. A expiação tanto pagava a dívida para com Deus (chamada de propiciação) como estabelecia a paz pela ofensa a Ele (chamada de expiação). O sangue, o que representa a vida do animal, era apresentado como substituto para a vida do adorador (Lv 17.11,14). O animal era morto, e seu sangue e certas partes eram, cerimonialmente, apresentados a Deus. Isso servia para aplacar e evitar a ira divina sobre o adorador.
O sangue de Jesus traz expiação (Ef 1.7; Cl 1.20) e redenção eterna para os cristãos (Hb 9.12). Cristo, o Cordeiro de Deus, reconcilia-nos com Deus (Jo 1.29; Hb 9.14). Ele pagou nossa dívida do pecado e satisfez o juízo de Deus contra nós.
Vou lembrar aqui, a atitude de Deus com relação a vergonha de Adão e Eva por descobrirem que estavam nus (Gn 3.7) em consequência do pecado da desobediência. O Senhor os vestiu com peles de animal(Gn 3.21). Essa atitude de Deus, foi uma expiação. Pois houve o primeiro derramamento de sangue animal para estabelecer a paz entre Adão e Deus. Adão ouviu a voz do Senhor e temeu escondendo-se. Ou seja, correu afastando-se da presença de seu amigo e companheiro de todas as tardes! Mas, entendemos aqui, que o Senhor não quis a separação. E os aventais de folhas que Adão fez, não servia pra cobri-los de modo que o fizesse se aproximar do Senhor ao ouvi-Lo chamar. Se assim fosse, ele não teria fugido da presença de Deus. As folhas secariam em breve, logo estariam nus novamente. As vezes, as nossas atitudes em querer reparar o erro de forma superficial, pode até nos parecer, no momento, uma atitude acertada. Mas a reação nem sempre é agradável, pois um sentimento de medo e insegurança nasce e tende a crescer a qualquer instante, levando-nos a tomar sempre a mesma atitude incompleta. O que precisamos fazer, é reconhecer que erramos e que precisamos de Deus, e confessarmos os nossos pecados de uma vez por todas! Deus, na Sua graça, tratou disso de uma forma completa e eficaz. Matou um animal e fez uma vestimenta, que os cobrissem e os aquecessem e os trouxessem de volta a Sua presença, aos chamá-los. Provavelmente essa história de como o Senhor cobriu a vergonha de Adão por causa do pecado, e os trouxe de volta pra juntinho dEle, mesmo expulsando-os pra fora do jardim, tenha sido contada, por várias vezes, a Caim e a Abel. Este, por sua vez, adotou o sacrifício de animal em oferta a Deus, apresentou ao Senhor os primogênitos das suas ovelhas (Gn 4.4).
Resumindo: Deus fez a primeira expiação! Sacrificou o primeiro animal para exclui todo o pecado de Adão e Eva, lhes dando uma nova vestimenta e tirando por completo, o embaraço da vergonha que os impediam de se aproximar quando o Senhor os chamasse.
Deus tinha em mente estabelecer essa lei da expiação pelos pecados, quando chamou Israel pra ser Seu povo e viver junto dEle, sem que nada os impedissem de adorá-Lo e de se aproximar com o coração completo. E foi o que o Senhor fez! E completou essa expiação por meio de Seu Filho Yeshua (Jesus) a todos os povos e nações. A expiação já foi feita. Resta o pecador se arrepender e se aproximar e confessar, para que sua paz com Deus seja restaurada!
Vamos estudar Levítico 18.3 (Precisamos procurar entender melhor, as Leis do Senhor!)
As leis de Deus em Êxodo e Levítico foram o início de uma nova cultura. Os israelitas estavam se mudando de um Egito infestado de ídolos para uma Canaã infestada de ídolos. A criação de uma nova cultura era muito mais difícil que adotar uma já estabelecida.
Enquanto Deus ajudava a criar essa nova cultura, Ele advertiu os israelitas a deixar suas experiências e artefatos egípcios para trás. Ele também lhes advertiu de como seria fácil adotar a cultura pagã dos cananeus. A sociedade e religião de Canaã recorriam sobretudo à imoralidade sexual e à embriaguez. Os israelitas deveriam manterem-se puros e separados para Deus.
De acordo com João 1:17, “A Lei foi dada por meio de Moisés; a graça e a verdade vieram por meio de Jesus Cristo”. Esta afirmação parece sugerir que a “graça e verdade” divina não existia antes da chegada de Yeshua, e que Deus reteve estes dons nos dias de Moisés. Contudo, as Escrituras de Israel resistem a esta conclusão mutuamente exclusiva. Em vez disso, o Evangelho afirma que Jesus é a personificação física da graça e da verdade que Deus concedeu através de Moisés.
Várias traduções inglesas de João 1:17 enfatizam demais um suposto contraste entre Moisés e Jesus , acrescentando algo ao texto grego. A King James, por exemplo, diz: “Porque a lei foi dada por meio de Moisés, mas a graça e a verdade vieram por Jesus Cristo” (cf. AMP; CEV; GNT; ISV; NET; NKJV). Contudo, não existe “mas” no grego original. Embora este acréscimo em inglês insinue que Moisés não era um canal de “graça” ou “verdade”, o registro bíblico não permite esta leitura restritiva.
O objetivo principal da missão de Moisés é dispensar graça ao povo através do êxodo do Egito. Na sarça ardente, o Senhor diz a Moisés que os israelitas “escutarão a tua voz... e [Faraó] te deixará ir, e darei graça a este povo diante dos egípcios” (Êxodo 3: 18, 20-21 LXX). À medida que os hebreus deixam o Egito, o derramamento da graça de Deus está ligado ao trabalho de Moisés como líder de Israel: “O Senhor deu ao povo graça aos olhos dos egípcios... e o homem Moisés era muito grande diante dos egípcios” (Êxodo 11:3). Após o êxodo, Moisés abençoa a tribo sacerdotal de Levi com referência à verdade de Deus: “A Levi ele disse: 'Dê a Levi as manifestações [de Deus] e sua verdade” (Dt 33:8 LXX). Moisés dá “graça” e “verdade” ao seu povo, e Jesus também oferece esses dons de acordo com o Evangelho de João.
Na verdade, assim como Moisés dispensa graça e verdade, Jesus transmite sabedoria da “Lei” ; cf. João 7:19-23; 8:17; 10:34; 15:25). Mas se tanto Moisés como Jesus transmitem graça, verdade e Lei, então por que João faz uma comparação entre os dois? A diferença não está nos substantivos de João 1:17 (ou seja, “graça”, “verdade” e “Lei”), mas nos verbos: “a Lei foi dada através de Moisés ; a graça e a verdade vieram através de Jesus Cristo.” A palavra para “veio” denota algo sendo fisicamente “manifesto” na terra , como corrobora o uso imediatamente anterior do termo por João: “O Verbo tornou-se carne e habitou entre nós” (1:14; cf. 1:15). Isto é, Moisés recebeu a Lei de Deus e a deu a Israel; a graça e a verdade vieram à existência física através da pessoa de Jesus. É por isso que Yeshua declara: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida” (João 14:6). Certamente, Moisés transmite graça e verdade, e então Deus oferece a própria personificação dessa graça e verdade em Jesus.
Leitura sugerida: Sl 40.11-17
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Para que aproveis as coisas excelentes, para que sejais sinceros, e sem escândalo algum até ao dia de Cristo;
Cheios dos frutos de justiça, que são por Jesus Cristo, para glória e louvor de Deus.
Filipenses 1:9-11