Isso está registrado em algumas passagens do Antigo Testamento (Gn 6.6; Êx 32.14; 1Sm 15.35; Jn 3.10). A santidade imutável de Deus requer que Ele trate o ímpio diferente do justo. Quando o justo torna-se ímpio, a maneira de Deus tratá-lo tende a mudar. O sol não é instável ou parcial porque derrete a cera, mas porque endurece o barro. A mudança não está no sol, e sim nos objetos sobre os quais ele brilha.
A aplicação final desse atributo é realmente preciosa:
Pergunta: Como podemos ter certeza de que Jesus ainda salva os perdidos e fortalece e consola os salvos?
Resposta: Porque Ele um dia o fez, e Ele nunca muda!
Vamos meditar um pouco na situação antes do dilúvio.
Uma explosão demográfica aconteceu (Gn 6.1). Os homens haviam consistentemente quebrado cada um de todos os comandos que lhes foram dados por Deus, exceto aquele que dizia: Frutificai, e multiplicai-vos, e enchei a terra[...] (Gn 1.28). Esse, pelo contrário, fora firmemente obedecido!
Houve um derramamento de atividades satânicas (Gn 6.2).
Toda a humanidade fora depravada. A impiedade em palavras e atos era universal e não encontrara paralelos (Gn 6.5,11).
Consequentemente, arrependeu-se o SENHOR de haver feito o homem sobre a terra, e pesou-lhe em seu coração (Gn 6.6). As palavras hebraica (nacham) (Veja na interpretação do Hebraico Bíblico, AQUI) e grega (metanoia) para arrependimento têm tanto um sentido literal quanto teológico:
- O sentido literal - aliviar-se, ser confortado (nacham).
- O sentido teológico - mudar de ideia (metanoia).
Alguns representantes do Antigo Testamento aparecem até aqui:
- Enoque figura a Igreja ao ser salvo da sentença do dilúvio (a Igreja não passará pela grande tribulação).
- Noé figura os israelitas ao ser salvo pela sentença do dilúvio (os israelitas passarão pela grande tribulação).
- A serpente frequentemente simboliza traição (Gn 3.10; 3.14,15).
- O vestuário adequado assemelha-se à justiça e à salvação (confira Is 64.6 com Ap 19.7,8 e Gn 3.21).
Mas o dilúvio só ocorreria 120 anos depois desse momento (Gn 6.3).
A salvação por meio do dilúvio.
Deus ordenou a Noé (que havia encontrado graça aos olhos do Todo-Poderoso) que construísse uma barca flutuante de 133,5m x 22,30m x 13,40m.
Algumas pessoas têm limitado a palavra lei ao Antigo Testamento e a palavra graça ao Novo Testamento. Mas isso é um erro muito grave. Em Gênesis 6, bem no início da história do Antigo Testamento e muito antes da Lei Mosaica, Noé viveu a maravilhosa graça de Deus.
Deus lembra-se
Deus lembrou-se de Noé durante o dilúvio (Gn 8.1), como mais tarde se lembraria de:
- Ló em Sodoma (Gn 19.29)
- Dos israelitas no Egito (Êx 2.24; 6.5)
- Do ladrão na cruz (Lc 23.42)
Um sumário mais correto do Antigo Testamento e do Novo seria, portanto:
- O Antigo Testamento é a descrição de como Deus lidou com a nação israelita e com os pecadores por meio de Sua graça.
- O Novo Testamento é a descrição de como Deus lidou com a Igreja e com os pecadores por meio de Sua graça.
Noé reuniu um macho e uma fêmea de todos os animais da terra (incluindo sete casais de animais limpos, como bois e cordeiros) e, sob as ordens divinas, subiu na barca junto com sua esposa, seus três filhos e as esposas deles.
Essa passagem (Gn 7.1) traz o primeiro registro bíblico de um convite de Deus para vir e entrar:
Disse o SENHOR a Noé: Entra tu e toda a tua casa na arca[...].
A instância derradeira dessa palavra convidativa é:
E o Espírito e a esposa dizem: Vem! E quem ouve diga: Vem! E quem tem sede venha; e quem quiser tome de graça da água da vida. Ap.22.17
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Filipenses 1:9-11