segunda-feira, 18 de julho de 2016

Quem é a mulher vestida de sol, de lua e de estrelas que é perseguida em Apocalipse 12?

Apocalipse 12.1
A. A identificação envolvida.
Ela é Israel. Essa descrição, sem dúvida, é simbólica. Um cristão judeu que lesse Apocalipse 12.1 iria lembrar-se certamente da passagem do Antigo Testamento em que José descreve um sonho estranho para o pai e seus 11 irmãos (Gn 37.9). Isso foi, é claro, cumprido quando os 11 irmãos de José curvaram-se diante dele no Egito (Gn 43.28).
Foi sugerido que essa mulher poderia simbolizar a mãe de Jesus, Maria, ou a Igreja.
A mulher em Apocalipse 12 é um símbolo de Israel, ao invés de uma pessoa real. Depois de dar à luz a criança, ela se torna um símbolo não apenas de Israel em geral, mas dos seguidores de Jesus em particular.
  1. Ela não é Maria. Maria nunca passou três anos e meio no deserto como essa mulher (Ap 12.6,14). E Maria não era pessoalmente odiada, caçada e perseguida como vemos aqui (Ap 12.13,17). Embora Maria tenha dado a luz àquele que há de reger todas as nações com vara de ferro (Ap 12.5; Sl 2.9), a linguagem neste capítulo tem referência mais ampla a Israel do que a Maria.
  2. Ela não é a Igreja. A Igreja não trouxe o menino à existência como essa mulher (Ap 12.5), mas o contrário. (veja Mt 16.18)
  3. Esta mulher representa Israel, a criança é o Messias, e sua fuga de Satanás alude à proteção de Deus aos seguidores de Jesus. É somente após o nascimento do Messias e seu movimento que Satanás é expulso do céu; de acordo com o Apocalipse, a derrota decisiva do diabo ocorrerá em algum momento no futuro. Assim, o Novo Testamento não relata o passado tradicional de Satanás, mas destaca a destruição das forças demoníacas durante e após o ministério terreno de Jesus.
B. A perseguição envolvida.



1) Perseguição no passado.
Por toda a história, Satanás tentou exterminar Israel diversas vezes. Ele fez isso recorrendo a:
  • Escravidão (Êx 2).
  • Afogamento (Êx 14).
  • Fome (Êx 16).
  • Tentação (Êx 32; Nm 14).
  • Maldição (Nm 23).
  • Devoradores (Dn 6).
  • Enforcamento (Et 3).
  • Câmaras de gás (os fornos de gás de Adolph Hitler).
  • Captura (2 Rs 17.24).
  • Deglutição (Jn 2).
  • Incêndio (Dn 3).
2) Perseguição no futuro.
Mas, virá o ataque ainda mais brutal (Dn 12,1; Zc 11.16; Mt 24.21; Ap 12.13). Isso marca o último e mais severo movimento antissemita da história.
Aparentemente, isso começará quando Israel reconhecer que o ditador do mundo romano, na verdade, é o anticristo e recusar a adorá-lo como Deus ou recusar a receber a sua marca (Mt 24.15-24).
A. W. Kac diz que o antissemitismo tem uma persistência inexplicável na história:
Juntamente com a sobrevivência dos judeus, o fenômeno histórico mais impressionante é o ódio que eles enfrentaram repetidamente entre as nações da terra. Essa hostilidade contra os judeus, que tem tem o nome de antissemitismo, é mais antiga do que a existência dos judeus. É endêmica, ou seja, como muitas muitas doenças contagiosas, está sempre conosco em certo nível. Mas, sob certas circunstâncias, ela alcança proporções e características epidêmicas. É prevalente que, onde quer que judeus residam em um número suficientemente grande, seus vizinhos estarão cientes de sua presença. "O crescimento do antissemitismo," declara Chaim Weizmann, "é proporcional ao número de judeus por quilômetro quadrado. Carregamos os germes do antissemitismo na mochila que levamos nas costas". (The Rabirth of the State of Israel. 1958.p. 306)
C. A classificação envolvida.
Quando os israelitas virem a estátua do anticristo no Santo dos Santos, as palavras de Cristo lhes virão à mente. Ele os alertou quanto a isso, exatamente, muitos séculos atrás (Mt 24.15-20).
Nessa altura, os judeus do mundo viajarão por três estradas:
  1. Muitos israelitas serão mortos pelo anticristo (Zc 13.8).
  2. Alguns israelitas seguirão o anticristo (Mt 24.10-12; Ap 2.9; 3.9).
  3. Um remanescente de Israel será salvo (Zc 13.9; Ap 12.14).
D. A localização envolvida.
Portanto, parece que um terço de Israel, pelo menos, permanecerá fiel a Deus e poderá escapar para um esconderijo especial durante a tribulação. Mesmo que não seja especificado nas Escrituras, muitos estudantes da Bíblia acreditam que esse lugar será Petra (Is 63.1; Dn 11.41; Zc 14.5). Considera-se que o Azel mencionado em Zacarias 14 tenha ligação com Petra. Os primeiros versículos de Isaías 63 lidam com a segunda vinda de Cristo. Ele vai para Edom (cuja capital é Petra) e Bozra (uma cidade de Edom) por algum motivo, e muitos acreditam que esse motivo seja receber o remanescente hebreu que está escondido lá. De acordo com a passagem em Daniel, por algum motivo, não será permitido que a terra de Edom caia nas mãos do anticristo. É considerado por alguns que o motivo seja proteger o remanescente.

Curiosidade:

Uma carta ao remanescente
Há muitos anos, o notável estudioso da Bíblia, W.E.Blackstone, visitou Petra pela primeira vez (14 de outubro de 1974) e escondeu centenas de cópias do Novo Testamento dentro e em volta das cavernas e das rochas de Petra. Ele acreditava que, um dia, os sobreviventes do banho de sangue do anticristo receberão bem a oportunidade de ler a Palavra de Deus. Então ele pediu aos seus estudantes que assinassem o nome, juntamente com o seu versículo bíblico preferido, nas páginas iniciais de uma grande Bíblia.
O que estava incluso nessa carta:
"Atenção, todos que têm origem judaica: Essa Bíblia foi colocada aqui em 14 de outubro de 1974 pelos estudantes do Instituto Bíblico Dean of the Thomas Road, de Lynchburg, VA,EUA. Respeitosamente, pedimos que aquele que a encontrar leia os seguintes capítulos bíblicos em oração e publicamente. São eles: Daniel 7 e 11; Mateus 24; 2Tessalonicenses 2; Apocalipse 12 e 13."
Essa grande Bíblia foi embrulhada com plástico e colocada em uma das muitas cavernas remotas de Petra.
Petra era chamada de cidade arco-íris e já teve 267 mil habitantes. Ela foi um grande centro comercial na junção de uma grande rota de cavernas. A cidade é inacessível, exceto pelo desfiladeiro ou pelo cânion nas montanhas, que tem uma largura que permite a passagem de apenas dois cavalos emparelhados. Os muros perpendiculares do desfiladeiro têm  de 120 a 215 metros, aproximadamente, e são brilhantes em esplendor, apresentando todas as cores do arco-íris.
As antigas construções, cortadas das rochas sólidas da montanha, ainda estão de pé. Uma fonte limpa borbulha sobre rochas vermelhas-rosáceo. Figos selvagens crescem nos bancos.
Tudo espera por Israel!

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