domingo, 16 de julho de 2017

POR QUE CAFARNAUM?

Mateus, fiel ao seu propósito de demonstrar que Jesus cumpriu as antigas profecias, viu na decisão do Mestre em escolher Cafarnaum por residência o cumprimento de uma célebre profecia em Isaías 9.1,2, que ele citou livremente, abreviando o texto hebraico, pois transcreveu apenas as palavras que mais diretamente estavam dentro de sua intenção:  A terra de Zebulom e a terra de Naftali, junto ao caminho do mar, além do Jordão, a Galileia das nações, o povo que estava assentado viu uma grande luz; e aos que estavam assentados na região e sombra da morte a luz raiou (Mt 4.16,16).
Esta profecia foi tomada do "livro do Emanuel" (costuma-se dar este nome aos capítulos sete a doze de Isaías), em que, em belíssima e terna linguagem, Isaías descreve a salvação dos israelitas pelo Messias. A página que precede o texto citado por Mateus põe diante de nossos olhos a Palestina, invadida e assolada por terríveis conquistadores. Primeiro, foram os assírios; depois, os caldeus e os sírios, que havendo penetrado pela parte setentrional, levavam, por todos os lugares por onde passaram, o sangue e o fogo.
Aos infelizes habitantes daquelas regiões do norte, mais provados do que os outros por aquelas bárbaras invasões, o profeta anunciou uma futura compensação e os convidou a olhar para o Messias, o Redentor que os consolaria abundantemente, quando entre eles estabelecesse Sua morada. E á justamente este Redentor que temos aqui representado, conforme a junção de várias passagens das Sagradas Escrituras (Is 42.16; 59.9; 60.1-3; Lc 1.78,79; Jo 1.9; 8.12), sob a figura de uma luz resplandecente que dissiparia as trevas dos padecimentos da mesma maneira que o Sol desfaz as trevas mais espessas.
Cinco regiões são nomeadas na profecia: Naftali, que equivale à parte mais setentrional da Galileia; Zebulom, a parte meridional desta mesma província; o caminho do mar, ou seja, o distrito situado a oeste do lago de Tiberíades, na direção do mar Mediterrâneo; a parte além do Jordão, ou seja, a Peréia do Norte; e a Galileia dos gentios, a região da Galileia contígua a Tiro e Sidom.

Até a próxima!
Fica na paz!

sábado, 1 de julho de 2017

QUAL A IMPORTÂNCIA DA POMBA NAS ESCRITURAS SAGRADAS?

A POMBA E SUA IMPORTÂNCIA NOS ESCRITOS SAGRADOS

Quanto à forma como o Espírito Santo apareceu e pousou sobre Jesus, como pomba, oferece-nos explicações satisfatórias às ideias simbólicas que os orientais, muito especialmente os israelitas, vinculavam a esta ave. A pomba interveio na história do dilúvio como imagem da fidelidade e da paz (Gn 8.11). Em Cântico dos Cânticos, a pomba é uma figura da inocência e do amor puro (Ct 1.14; 2.10-12; 4.1; 5.2; 6.8). O próprio Jesus pondera sobre a candura e a sensibilidade dessa ave (Mt 10.16).
Os escritores rabínicos gostavam de estabelecer comparações entre a pomba e o Espírito Santo. Assim, às palavras de Gênesis 1.2 - e o Espírito de Deus se movia sobre a face das águas -, um rabino acrescentou: "Como uma pomba protegendo seus pombinhos". E, com relação à passagem de Cantares 2.12, outro rabino comentou: "a voz da pomba é a voz do Espírito Santo".
Essa mesma voz divina se fez ouvir ainda em outras duas circunstâncias para glorificar novamente o Salvador. Em Sua transfiguração (Mt 17.5) e poucos dias antes de Sua paixão (Jo 12.28-30). Em todas essas três ocasiões, Deus pronunciou palavras de muita ternura, que indicam todo o amor do Pai para com Seu Unigênito, Eleito por Ele como Cabeça e Redentor de toda a linhagem humana (Jo 12.28). Eis, pois, confirmadas e autenticadas solenemente pelo Céu as maravilhosas histórias do nascimento do Salvador. Eis também o duplo título com que Jesus vai começar a Sua obra: Messias e Filho de Deus.
Amém!
Até a próxima!
Fica na paz!

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