quarta-feira, 24 de junho de 2015

O que é parente remidor?


O QUE É PARENTE REMIDOR?

De acordo com as exigências para restituição de terra, o parente mais próximo do falecido era obrigado a comprar de volta a propriedade caso ela houvesse sido tomada por motivos de pobreza ou hipoteca, a fim de que o terreno permanecesse sob posse da família (Lv 25.25-28). De acordo com as exigências do casamento levirato, o parente mais próximo do falecido deveria casar-se com a viúva, para que o nome deste não fosse extinto (Dt 25.5-10). Isso significava que a família do marido era responsável por cuidar da viúva. E algumas ações de Boaz podem ser comparadas às de Cristo. O remidor tinha de ser o parente mais próximo para realizar a obra de redenção (Dt 25.5,7-10; Rt 2.20); Cristo fez-se homem para ser o remidor da humanidade (Jo 1.1,14; Rm 1.2; Gl 4.4, Fp 2.5-8; 1 Tm 2.15; Hb 2.14,16,17; 10.51). O parente remidor precisava ter meios para pagar o preço de compra da terra (Rt 2.1); Cristo pagou o alto preço associado ao resgate da humanidade perdida (1 Co 6.20; 1 Pe 1.18,19). Boaz estava disposto a ser o remidor (Rt 3.11), e Cristo estava igualmente disposto a redimir a humanidade (Mt 20.28; Mc 10.45; Jo 10.15-18; Hb 10.7; 1 Jo 3.16). O remidor Boaz tomou Rute como noiva gentia e enriqueceu-a financeiramente; Cristo também tomou uma noiva gentia (a Igreja), a qual enriquece espiritualmente.



Remidor. Hebraico, פּוֹדֵה (go'el). A noção de go'el, ou redenção, está presente ao longo de todo o livro. Formas diferentes das palavras hebraicas ga'al ("redimir") e derivados são empregados 20 vezes. A palavra go'el ("aquele que redime" ou "parente próximo") é encontrada 13 vezes no livro, na maioria das vezes em referência a Boaz, cuja obra temporal de redenção pode ser comparada à obra obra eterna de redenção de Cristo. Boaz redimiu, ou , comprou, Rute e Noemi da pobreza e da extinção da linhagem familiar, ao passo que a obra sacrificial de Cristo em nosso favor comprou-nos da escravidão do pecado. Rute tinha de confiar na obra de seu remidor, Boaz, a fim de receber a bênção. Nós, também, devemos confiar na obra redentora de Cristo na cruz para recebermos a bênção da redenção e da libertação das consequências do pecado.

No livro de RUTE:
Uma vez que Boaz não era apenas o parente remidor, mas também aquele que carregava a linhagem de Davi, seu casamento com Rute inseriu-a de modo permanente na genealogia tanto de Davi como do Messias. Como mulher gentia,pagã, pobre, moabita e viúva, Rute não estava qualificada para tal posição, mas a graça de Deus [hb.hen] conduziu-a a família de Israel.Curiosamente, Rute não é a única pessoa sem qualificação mencionada nessa genealogia. Perez (Rt 4.18) foi produto da união incestuosa de Judá e Tamar (Gn 38.1-30). E Salmom, esposo de Raabe, a meretriz (Mt 1.5), também é mencionado na genealogia (Rt 4.20). Em cada caso, a graça de Deus foi estendida a uma mulher gentia, indicando Seu desejo de levar a bênção de Abraão a todas as pessoas - hebreus e gentios.
O livro trata da fidelidade de Deus às próprias promessas. Sua fidelidade à semente da aliança abraâmica (Gn 15.4,5) evidencia-se na preservação da linhagem davídica e messiânica (Rt 4.18-22). A promessa divina de abençoar os gentios (Gn 12.3) é vista em Sua bênção a Rute, a moabita.
A história de redenção em Rute apresenta o exemplo mais claro de como esse conceito era posto em prática na antiga cultura hebraica. Ela fornece uma bela imagem de Deus redimindo uma noiva gentia em um ato de amor e graça.
Até a próxima! Fica na Paz!
Veja também: RUTE

segunda-feira, 22 de junho de 2015

O QUE SIGNIFICA "CRER EM JESUS"?


O QUE SIGNIFICA "CRER EM JESUS"?


"Crer" ocupa um lugar central no Evangelho de João. Este autor não usa o substantivo "fé", que aparece com frequência em outras partes do Novo Testamento. João prefere o verbo "crer" para enfatizar que a fé não é estática, como uma doutrina ou um dogma, mas dinâmica, exigindo ação. "Crer" em Jesus é o que todos os verdadeiros discípulos fazem.
No Evangelho de João, o verbo traduzido por "crer" é, muitas vezes, seguido da palavra grega que significa "em". Nenhum paralelo existe para esse uso em grego antigo. Para João, a fé não é um estado, mas um investimento na pessoa de Jesus. Crer é aceitar quem Jesus é e quem Ele diz ser. Crer constitui um compromisso para deixar Seu chamado para nossa vida mudar a forma como vivemos. Crer é a obra que Deus quer de nós (Jo 6.29) quando permanecemos na Palavra de Jesus, quando o amamos e quando guardamos os Seus mandamentos (Jo 8.31; 15.1-17; 1Jo 5.10).
Estudando João 20.24-29
Tomé estava ausente quando Jesus revelou-se. Ele permaneceu cético apesar do testemunho de seus amigos, que disseram: "Vimos o Senhor". Tomé exigiu uma experiência concreta, idêntica à deles. Jesus ouviu a queixa deste discípulo e uma semana depois lhe respondeu diretamente. O Mestre não foi duro com Tomé por essas queixas, mas desafiou-o a acreditar como os outros na ressurreição.
Você já desejou poder ver Jesus, tocá-Lo e ouvir Suas Palavras? [com certeza!!!] Há horas em que você quer sentar-se com Ele e ser aconselhado? Alguns pensam que poderiam crer em Cristo se vissem um sinal definitivo ou um milagre. Mas Jesus diz que somos abençoados quando acreditamos sem ver.
Temos todas as provas de que precisamos nas Palavras da Bíblia e nos testemunhos dos cristãos. E Deus está presente com você em todo o tempo. Inclusive agora, Ele está com você por intermédio do Seu Espírito Santo. Por isso, você pode falar com Ele e encontrar Suas Palavras para você nas páginas da Bíblia.
Crer em Jesus produz maravilhosos resultados
Ser salvo: At 16.30,31.
Ter a vida eterna: Jo 3.16.
Não entrar em condenação: Rm 8.1.
Alcançar vida em abundância: Jo 10.10.
Até a próxima! 
Fica na Paz!

sexta-feira, 12 de junho de 2015

O QUE SIGNIFICA FAZER UM VOTO A DEUS?

O QUE SIGNIFICA FAZER UM VOTO A DEUS?

A essência de um voto ao Senhor é: "Se Deus vai fazer X, então vou dedicar Y a Ele". Exemplos disso incluem o dízimo de Jacó[Leia mais, abaixo], os israelitas lidando com o espólio de guerra cananeu, Ana dedicando seu filho como servo do Senhor por toda a vida, e o sacrifício de Absalão a Deus em Hebrom (Gn 28.20-22; Nm 21.2; 1Sm 1.11, 2Sm 15.8).
As leis sacrificiais geralmente traçam diretrizes para os votos. Os israelitas fizeram votos condicionados à concessão de seus pedidos por Deus. Assim, eles pagavam ou cumpriam as suas promessas ao Senhor; muitas vezes com o oferecimento de ofertas (Lv 7.16; 22.23).
No entanto, os votos podem ser mal-empregados. A própria lei adverte contra isso, assim como os ensinamentos de sabedoria e os livros dos profetas (Dt 23.21-23; Pv 20.25; Jr 44.25). Saul propunha-se tanto a fazer votos insensatos como a não cumpri-los (1Sm 14.24-28; 19.6). Votos por impulso podem não ser cumpridos, o que desperta a ira de Deus. Não fazer um voto é melhor do que fazer e não cumpri-lo (Ec 5.5). Jesus aconselha-nos a não fazer votos, mas simplesmente a manter nossa palavra (Mt 5.33-37).



  • Todo voto deve agradar a Deus: Lv 22.17-23. 
  • Todo voto deve ser pago a Deus: Dt 12.11; Sl 22.25; 65.1; Ec 5.4. 
  • Todo voto será lembrado por Deus: Gn 31.13. 
  • Todo voto deve ser feito para Deus : Gn 28.20. 


ESTUDANDO DEUTERONÔMIO 26.1-10

Após conquistar a terra e fazer a colheita, o povo deveria trazer uma oferta ao Senhor. Isto em si significava que Deus cumpriu Sua promessa ao Seu povo. Ao recitar a história da provisão do Senhor para Jacó e Israel, o povo seria relembrado do que o Pai fez por ele. A oferta servia como resposta à benção divina.
Que práticas lembram você das bênçãos de Deus? Qual é a história do Pai em sua vida e família? Você é capaz de descrever por meio de palavras claras e concisas o que o Senhor fez por você? Encontre um amigo ou um familiar com quem você possa discutir a atividade de Deus em sua vida e história. Recontar um ao outro o trabalho de Deus pode revelar a você o Seu envolvimento na sua história.

ORAÇÃO DAQUELE QUE DEU OS DÍZIMOS

(Deuteronômio 26:12-19)

Quando acabares de separar todos os dízimos da tua colheita no ano terceiro, que é o ano dos dízimos, então os darás ao levita, ao estrangeiro, ao órfão e à viúva, para que comam dentro das tuas portas, e se fartem;
E dirás perante o Senhor teu Deus: Tirei da minha casa as coisas consagradas e as dei também ao levita, e ao estrangeiro, e ao órfão e à viúva, conforme a todos os teus mandamentos que me tens ordenado; não transgredi os teus mandamentos, nem deles me esqueci;
Delas não comi no meu luto, nem delas nada tirei quando imundo, nem delas dei para os mortos; obedeci à voz do Senhor meu Deus; conforme a tudo o que me ordenaste, tenho feito.
Olha desde a tua santa habitação, desde o céu, e abençoa o teu povo, a Israel, e a terra que nos deste, como juraste a nossos pais, terra que mana leite e mel.
Neste dia, o Senhor teu Deus te manda cumprir estes estatutos e juízos; guarda-os pois, e cumpre-os com todo o teu coração e com toda a tua alma.
Hoje declaraste ao Senhor que ele te será por Deus, e que andarás nos seus caminhos, e guardarás os seus estatutos, e os seus mandamentos, e os seus juízos, e darás ouvidos à sua voz.
E o Senhor hoje te declarou que tu lhe serás por seu próprio povo, como te tem dito, e que guardarás todos os seus mandamentos.
Para assim te exaltar sobre todas as nações que criou, para louvor, e para fama, e para glória, e para que sejas um povo santo ao Senhor teu Deus, como tem falado.



PARA ONDE FOI O DÍZIMO DE JACÓ? (*CURIOSIDADE HEBRAICA)

Às vezes, o tópico do dízimo aparece em lugares inesperados da Bíblia. Um desses lugares é a história do sonho de Jacó em Gênesis. Depois de ter uma visão deslumbrante das escadas que chegam aos céus, Jacó respondeu a Deus com uma promessa: ele prometeu dar um “décimo” ( עַשֵּׂר ; aser ) de tudo o que Hashem lhe daria (Gn 28:22). Como as Escrituras tipicamente descrevem o dízimo como uma ordenança conectada aos sacerdotes e ao Templo (cf. Lv 27: 30-32; Núm 18:21; Dt 12:17; Ne 10:38; Ml 3: 8-10), surge uma pergunta para o leitor de Gênesis: Como Jacó cumpriria sua promessa antes da existência do Templo? 
Observe que Jacó prometeu dar a Deus um “décimo” com condições específicas: Deus deveria protegê-lo, mantê-lo seguro, fornecer alimentos e roupas e permitir que ele voltasse para Canaã. Só então, diz Jacob, será “o Senhor será o meu Deus ( וְהָיָה יהוה לִי לֵאלֹהִים ; vehaya YHWH li le-Elohim ) ” (Gn 28: 20-21). Jacó daria a Deus um décimo de tudo, porque o Todo-Poderoso provaria ser generoso, carinhoso, fiel e confiável. O dízimo (dar um décimo) é um ato de adoração - um sinal de lealdade e reconhecimento de quem realmente fornece todos os bens de que o adorador desfruta.
Visto que, nos dias dos patriarcas, o Deus de Jacó ainda não tinha um templo ou nomeava um sacerdócio, Jacó planejava dar esse décimo na forma de holocausto . Depois de voltar a Canaã, Jacó comprou terras perto da cidade de Siquém (Gênesis 33:18) e imediatamente ergueu um altar e chamou-o de "Deus, o Deus de Israel" ( אֵל אֱלֹהֵי יִשְׂרָאֵל ; El-Elohei-Israel). Jacó mudou-se para Betel, o local exato em que viu a visão da escada celestial. Jacó também construiu um altar e o chamou de "O Deus de Betel" ( אֵל בֵּית־אֵל ; El-Beit-El). Jacó deu a Deus o décimo que ele prometeu e tudo se transformou em fumaça como um ato de devoção ao Senhor. (*Este texto é parte de um artigo publicado no Israel Bible Center por Dr.Pinchas Shir - Editado aqui por Costumes Bíblicos)

DEVEMOS DIZIMAR HOJE?(*)

Segundo alguns, o dízimo é uma lei do Antigo Testamento, por isso os cristãos não devem dizimar. Outros, no entanto, afirmam que o dízimo é um mandamento duradouro aplicável aos crentes modernos. Mas o que é o dízimo bíblico?
Vários tipos de contribuições aparecem na Torá (cf. Nm 18: 21-32; Dt 14: 22-7). Mesmo antes do dízimo, todo israelita devia dar um presente aos sacerdotes conhecidos como terumah ( תְּרוּמָה ), que significa “um presente que alguém levanta” (Êx 25: 2-3; 30: 13-14; Lv 7:32; Dt 12:11). Segundo a Mishnah, o valor dessa oferta era flexível, em torno de 1/30 a 1/50 da colheita (m. Terumot 4: 3). Então o primeiro dízimo ( ; ר ; maaser ) poderia ser anulado - um décimo da colheita dada aos levitas locais (Nm 18:24), que então deu um décimo aos sacerdotes (cf. Nm 18:26; Ne 10:39). Mas então um segundo dízimo foi tirado. Foi usado para as despesas e comida enquanto a família do fazendeiro adorava em Jerusalém (Dt 14: 24-26). Todo terceiro e sexto ano de um ciclo de sete anos, esse segundo dízimo era dado aos pobres (Dt 26:12).
Tecnicamente, as leis do dízimo se aplicam apenas a grãos, vinho e óleo (Dt 14:22; Ne 13:12). No início, a tradição bíblica expandiu o dízimo para frutas e outros produtos agrícolas (cf. Lv 27:30; 2 Crônicas 31: 5; Mt 23:23). Além disso, as leis do dízimo se aplicam apenas aos produtos cultivados em Israel - “terra de Deus” (Lv 20:24; 25:23). Os dízimos eram sempre colheitas, em vez de dinheiro.
À luz de todos esses versículos, a prática moderna comum de dar 10% da renda de alguém não é exatamente o que a Bíblia quer dizer com "dízimo". Em nossos dias, menos pessoas vivem da agricultura do que nos tempos bíblicos. Não há templo em funcionamento em Jerusalém e não há sacerdócio para aceitar os bens do dízimo.Mas, embora nosso meio de vida possa ter mudado, os mandamentos de Deus na Torá não. A tradição judaica sustenta que as contribuições carentes, benevolentes e caritativas são proeminentes na Torá e devem ser praticadas hoje. Embora não possamos praticar o dízimo bíblico preciso hoje, apoiando instituições e pessoas que servem a Deus, imitamos nosso Criador que, em sua bondade, alimenta toda a terra (Sl 126: 35).

Veja também:

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